A relação entre empregador e empregados

O sindicalismo no mundo surge no século XIX com o declínio do estado absolutista e monárquico e a ascensão da burguesia. Esse movimento tem como berço a revolução industrial e gerou uma nova classe denominada proletária, mas no Brasil vem ganhar corpo, força e atuação política após o fim da escravidão em 1888 e com a proclamação da República em 1889.

A indústria brasileira se desenvolveu tardiamente em relação às grandes potências capitalistas e no início do século XX, jornadas de 14 ou 16 horas diárias ainda eram comuns, além da exploração da força de trabalho de mulheres e crianças. Os salários pagos eram extremamente baixos e os trabalhadores eram explorados sem qualquer direito ou proteção legal.

 "O sindicalismo é produto de embates e conflitos. Com a implementação da filosofia e da economia liberal houve uma exploração desmedida e um afastamento do estado na regulamentação dos direitos trabalhistas entre o proletariado e as empresas. Daí acontece uma grande revolta contra as máquinas e posteriormente surgem nas fábricas os movimentos políticos. No Brasil prevalece o sindicalismo reformista", contou professor de direito do trabalho da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Gaspar Andrade.

A movimentação política dos trabalhadores no Brasil se propagou no início do século XX, de maneira anárquica, influenciada pelos imigrantes italianos e espanhóis que traziam da Europa a ideologia dominante de seus países. Posteriormente, na era Vargas, em 1930 e 1940, há um alinhamento dos sindicatos com o estado Brasileiro por meio do corporativismo implantado pelo fascismo italiano e adaptado à realidade brasileira. Essa estrutura,  imposta pelo Decreto lei Nº1402, de 5 de julho de 1939, criou as principais características da estrutura sindical.  Outro ponto que normatizou a relação entre empregados e patrões, foi a Consolidação das Leis do Trabalho de 1943. Vale ressaltar que os sindicatos já tiveram natureza jurídica de direito público e eram completamente comandados pelo estado. Para o seu surgimento era necessário uma disputa entre várias associações confederações e federações dos trabalhadores.

"O estado ficava responsável por dizer quem tinha direito de receber a carta sindical do Ministério do Trabalho, fiscalizador do funcionamento dos sindicatos", comentou a professora do Direito do Trabalho da UNINASSAU, Isabele Bandeira. Durante a ditadura militar os servidores público eram impedidos de se organizar politicamente sendo necessário criar uma associação para depois buscar se formalizar como sindicato.

Com a redemocratização do Brasil e a escolha de uma nova constituição em 1988, uma nova perspectiva é apresentada aos trabalhadores brasileiros com o princípio da liberdade sindical. "Nascemos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a data oficial é exatamente 26 de marco de 1990, assim ganhamos direito de negociar a partir do momento que assinamos um credenciamento com o Ministério do Trabalho. Desde então, lutamos com ações corporativas, uma sociedade com direitos sociais, melhorias nas condições de trabalho e salários", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo.

Ao falar sobre as conquistas do sindicato dos professores em Pernambuco, Heleno Araújo destacou o ano de 1996, quando foi criada uma lei que ajudou na regulamentação da profissão do magistério e o estatuto de 1998. "Todas as greves são por falta de negociação, cito como exemplo os anos de 2004 e 2011, mas essa mobilização que realizamos no final de abril foi na intenção de mobilizar os parlamentares para que o Plano Nacional de Educação, que vai direcionar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor, seja aprovado pelo Senado Federal", comentou Heleno Araújo.


Os sindicatos e seus representantes políticos
O sindicato negocia com os patrões, sejam da iniciativa privada ou pública, questões individuais, mas quando há desentendimentos, as Centrais Sindicais começam a atuar na mobilização e articulação dos trabalhadores. Elas defendem várias categorias que participam das atividades econômicas e sociais de cada país. É uma instituição de ação política que aglutina os diversos segmentos como sindicatos dos trabalhadores rurais, servidores públicos municipais, estaduais, federais, da indústria e outros setores.   

No Brasil, existem mais de 10 Centrais Sindicais e as que mais se destacam são: Central do Brasil Democrática de Trabalhadores (CBDT) a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "Quem tem personalidade sindical, e assim diz a lei, são os sindicatos, as federações e confederações que representam as categorias. A central sindical tem uma representação geral dos trabalhadores, ela não pode decidir fazer uma greve, mas participa ativamente do cenário social e político, além de possuir assentos em vários debater onde haja negociação coletiva dos trabalhadores", destacou a Professora de direito do Trabalho da UNINASSAU, Isabela Bandeira.

Dentre todas essas centrais Sindicais citadas, a CUT é a maior da América Latina e a 5ª maior do mundo, sendo composta por cerca de 3.400 entidades filiadas (sindicatos, confederação, associação e federações), tendo uma abrangência de mais ou menos 22 milhões de trabalhadores entre associados e não associados. Os sindicalizados e filiados diretamente à CUT são 7,4 milhões. Em 2013, a instituição que teve como um dos fundadores o ex-presidente Lula (PT), está comemorando 30 anos de fundação.

"Nasce oficialmente em 1983 num processo de articulação dos operários das indústrias, dos trabalhadores do campo e vários segmentos da sociedade. Mas o seu surgimento é bem anterior a essa data", afirmou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. A instituição regional é a quarta maior entre todos os estados do Brasil e tem 200 sindicatos de Pernambuco filiados. De acordo com Carlos Veras, um dos desafios nesse momento está voltado ao Projeto de Lei 4330/2004 que trata sobre a terceirização dos serviços que antes eram realizados por meio contratos trabalhistas. O texto foi aprovado pela comissão do trabalho do Congresso Nacional em 2011 e deve ir para votação em breve.

"Essa medida vai precarizar os serviços do trabalhador que ficaram refém dos empregadores, sem direitos a férias remuneradas e também ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), conquista necessário para que ele possa se aposentar", comentou Carlos Veras. Caso o projeto seja aprovado pela maioria dos deputados, ficará autorizada a criação de empresas formadas por apenas uma pessoa e os trabalhadores podem ser pressionados a se tornarem prestador de serviço.

Nasce oficialmente em 1983 num processo de articulação dos operários das indústrias, dos trabalhadores do campo e vários segmentos da sociedade. Mas o seu surgimento é bem anterior a essa data.



Em comemoração ao dia do trabalhador a CUT-PE realizou uma mobilização nos dias 29 e 30 de abril com um seminário sobre a macro indústria em um hotel da zona sul do Recife.  O evento debateu o desenvolvimento e crescimento econômico do estado e contou com a participação dos trabalhares de Suape do setor químico, petroleiro, metalúrgico, alimentação, dentre outras categorias. Na véspera do feriado também aconteceu uma passeata que percorreu a rua Gervásio Pires, Conde da Boa Vista e Rua da Aurora, terminando na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). No ato, estiveram presentes os trabalhadores do campo, da cidade, da iniciativa privada e do serviço público.

A Consolidação das Leis do Trabalho precisa de uma reforma O Decreto-Lei n.º 5.452 de 1943, que Consolidou as Leis do Trabalho (CLT), completará 70 anos, mas alguns desafios são apresentados nesse período de pós-modernidads. A legislação trabalhista ficou ultrapassada, o que tem ocasionado insegurança jurídica e um aumento dos processos relacionados a causas trabalhistas. O Brasil não é o mesmo dos anos de 1930 e 1940. Atualmente o contexto social e político, além do ritmo de vida, são diferentes, juntamente com os perfis dos empregados e empregadores, enquanto a lei permanece a mesma.

Essa defasagem da CLT tem gerado ausência de tutela para determinadas relações de trabalho. "Temos um conjunto de leis que versam sobre o trabalho e CLT é a que aplicamos ao empregado. Mas passados alguns anos, percebemos a necessidade de uma reforma, pois boa parte dos artigos da CLT não foi recepcionada na constituição de 1988", comentou o professor da Direito do Trabalho da UNINASSAU, Isabele Bandeira.

Na época, Getúlio Vargas, que admirava Mussolini, copiou muitas coisas da carta Del Lavouro (diploma trabalhista Italiano) e incrementou alguns detalhes típicos de regimes totalitários. Antes disso não havia qualquer normatização entre empregador e empregado e em alguns casos quem regia essa relação era o código comercial e a categoria de trabalhadores que junto com o empregador criava regras. A CLT avançou no sentido de acabar com a insegurança jurídica que existia na época, mas quando ela foi criada, os sindicatos eram controlados pelo estado. O próprio Ministério do Trabalho surgiu na década de 1930, com a função de fiscalizar as organizações de classes.

"Alguns trabalhadores não são contemplados, cito como exemplo os operadores de telemarketing, por isso é necessário uma reforma trabalhista para atender as demandas da sociedade e incluir proteções para algumas categorias", defendeu Isabele Bandeira. Outro exemplo que pode ser levantado trata da mudança na legislação dos trabalhadores domésticos. Um artigo da CLT determinar que as normas trabalhistas não se aplicam a esse tipo de empregado. Outra reforma relacionada às Leis do Trabalho que passa pela análise do Governo Federal é a do Imposto sindical que poderá ser trocado por uma taxa a ser negociada entre as categorias de trabalhadores e seus sindicatos. Atualmente, no Brasil, cerca de 47 milhões de trabalhadores com a carteira assinada contribuem com o imposto sindical.

Esse tributo recolhe da folha salarial de cada trabalhador com a carteira assinada, um dia de serviço por ano. O dinheiro repassado pelo Governo Federal , em 2012, chegou a mais de R$ 2 bilhões. Desse total, 60% pertence aos sindicatos, 20% vai para as federações e 10% fica com as centrais sindicais. O restante é direcionado para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 

A data que, inicialmente, foi criada para defender direitos dos trabalhadores, hoje, ganhou nova conotação, com a realização de shows artísticos e sorteios de brindes para multidões

O 1º de maio se tornou a data que marca o dia do trabalhador porque, no ano de 1886, quando ocorreu uma grande manifestação na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Na época, os trabalhadores protestavam contra as condições desumanas e enorme carga horária de trabalho a qual eram submetidos (13 horas diárias).

No Brasil, a data foi consolidada em 1924, no governo do presidente Artur Bernardes e os trabalhadores realizaram, ao longo dos anos seguintes, vários protestos que, com a propaganda trabalhista do governo Vargas, sutilmente as atividades realizadas nesse dia receberam novas características. O 1º de maio passou a ser comemorado com festas populares e Centrais Sindicais, como a Força Sindical que realiza grandes shows.

Questionado sobre essas mudanças, visto que antes os trabalhadores realizavam protestos e reivindicavam melhores condições de trabalho e salários, o presidente da Força Sindical em Pernambuco, Aldo Amaral defendeu: "o dia é usado para se comemorar as conquistas, ou você acha que os trabalhadores não podem comemorar essa data com festas."

O evento que vai acontecer na praia do Pina, na Zona Sul do Recife, conta com apoio de quatro Centrais sindicais: Força Sindical em Pernambuco, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

De acordo com Aldo Amaral, a festa também comemora os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e ajuda na divulgação das ações das Centrais Sindicais têm realizado em prol dos trabalhadores. "É nessa festa que vamos apresentar nossa bandeira de luta como a redução de 44 horas semanais de trabalho para 40h", comentou.

Já o presidente a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, reforçou que a mobilização dos trabalhadores acontece antes, durante e após o 1º de maio e não se limita a festas, havendo vários protestos. "Cada Central tem autonomia de se organizar e realizar o debate da maneira que achar melhor.

Algumas realizam festas, mas nós vamos fazer essa comemoração com luta e mobilização social", ressaltou. No dia 30 de abril, houve uma passeata nas ruas do Centro do Recife e, na ocasião, foi entregue uma pauta de reivindicação do Grito da Terra Pernambuco 2013, em conjunto com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (FETAPE).

No 1º de maio, a partir das 9h, haverá um ato público já tradicional, iniciado na década de 90, no centro de Surubim, agreste de Pernambuco, congregando os sindicatos urbanos e rurais da região agreste. No dia 5 de maio a mobilização acontece em Sertânia, no sertão de Pernambuco, próximo da divisa com a Paraíba.

Segundo o economista, é preciso ter uma estratégia profissional para conseguir ascensão

Acabei a faculdade ou o curso técnico e agora? A pergunta é a indagação de muitas pessoas que passam anos ou meses se aperfeiçoando através de estudos, pesquisas e até noites de sono. Mas, no dia do trabalhador o Portal LeiaJá traz uma boa notícia para todos que se qualificam e esperam em seguida conseguir um emprego.

De acordo com o economista Djalma Guimarães, as portas para o primeiro emprego estão abertas não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil. A dica é se capacitar. O especialista em economia revela que o mercado de trabalho está muito aquecido e, atualmente, a procura pela mão de obra é mais elevada. Outro fator importante é o avanço do nível de qualificação. "Muitas pessoas têm aumentado sua escolaridade por isso, a inserção desses jovens será mais fácil e mais rápida do que décadas atrás", declara.

Para a recém-graduada em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco, Camila Siqueira, 25 anos, o 'boom' das construções e do programa do Governo Federal 'Minha Casa, Minha Vida' têm auxiliado bastante a ascensão de seu segmento profissional. "Desde que entrei na faculdade ainda no primeiro período, consegui estagiar facilmente. Passei três anos numa empresa e todos meus amigos da sala também conseguiram estágio rapidamente. Inclusive eu fui contratada mesmo antes de me formar" frisou.

A engenheira civil comemora os bons ventos na área de sua atuação e acredita que esse crescimento dure uma década. "O mercado de engenharia civil está muito bom e as pesquisas revelam que deverá permanecer assim até 10 anos pela frente. Atualmente, eu exerço a função de auxiliar de engenharia e acompanho um profissional no monitoramento de uma obra, mas ao término desse trabalho atuarei como engenheira no próximo", comentou Siqueira. Ela também disse também que o piso salarial na sua área é de nove salários mínimos.

Outra recém-formada que também não se queixa de emprego é a jornalista Nathália Beserra, 26. Apesar de não estar trabalhando por escolha própria, a profissional afirmou que não teve dificuldades durante a graduação ou mesmo após conclusão. "Não estou trabalhando na área porque quero me especializar em fotografia e estou fazendo pós-graduação nesta área para suprir lacunas que a faculdade deixou. Porém, nunca tive dificuldades quando estudante. Sempre estagiei e quando saia de um, ia para outro desde o meu terceiro período até o final de 2012", expôs.

A jornalista avaliou as oportunidades de trabalho de forma positiva e disse confiar que a qualificação e perseverança fazem o diferencial. "Acredito que as áreas estão mais promissoras e quem quer corre atrás e mete a cara e procura. Acho que temos que ter consciência que somos recém-formados e não podemos deixar de ficar fora do mercado porque você perde o feeling. Quem realmente quer, tem bastantes oportunidades" avaliou.

Para Djalma Guimarães a situação empregatícia do Brasil tem se ampliado ao longo dos anos e os índices de desemprego estão bem baixos em torno de 5,7% de acordo com o IBGE. Já na Espanha, a falta de emprego atinge 27% da população geral e dentre esses, 50% são jovens, o que mostra a situação bastante crítica. "Nós brasileiros vivemos uma situação bem diferente, as oportunidades tem surgido de forma mais rápida e mais independente, se ele (o jovem) está buscando qualificação, tem bem mais possibilidades", argumenta.

O especialista em economia considera que o aumento das demandas de algumas áreas e a qualificação profissional das pessoas tem influenciado a abertura de vagas no mercado de trabalho. "Por mais que a economia tenha crescido pouco ano passado, quando a gente olha os últimos anos, o país tem demonstrado mais crescimento. Setores como os de obras, petróleo, construção, logística, telemarketing e o comércio são áreas que têm mostrado mais índices de crescimento, além de Suape, por exemplo,", descreveu.

Por mais que a economia tenha crescido pouco ano passado, quando a gente olha os últimos anos, o país tem demonstrado mais crescimento. Setores como os de mão de obras, petróleo, construção, logística, telemarketing e o comércio são áreas que têm mostrado mais índices de crescimento, além de Suape, por exemplo.

Guimarães também comentou quais os primeiros passos e de que forma as pessoas recém-formadas devem planejar o sucesso. "A situação depende muito da renda financeira do indivíduo. Se o jovem vem de uma família carente e precisa de um retorno mais rápido, o curso técnico garante esse retorno. Depois, ele entra na faculdade e continua se especializando ao longo da vida", explica o economista que acrescenta ainda uma dica fundamental para a ascensão. "Qualquer profissional tem que ter uma estratégia profissional e saber o que quer daqui a cinco, 10 ou 20 anos. Ele precisa saber o que deve fazer para chegar onde quer e para poder se preparar bem" sugere.

A proposta permite que o benefício possa ser solicitado com cinco anos a menos que os demais trabalhadores

A falta de visão ou a dificuldade de locomoção, entre tantas outras deficiências humanas, não são motivos que impeçam milhares de pessoas a exercerem algumas funções no mercado de trabalho. Segundo o Conselho Estadual de Defesa da Pessoa com Deficiência (Coned - PE), a sociedade está mais aberta e as oportunidades de emprego surgindo. Outra informação positiva é a aprovação da Lei Complementar 277/05 que permite às pessoas com deficiência se aposentar com menos tempo de contribuição à Previdência Social, ou, no caso da aposentadoria por idade, solicitarem o benefício cinco anos antes do prazo atual.

De acordo com o deputado estadual Betinho Gomes (PSDB-PE), a aprovação feita pela Câmara Federal é muito relevante. "Certamente é uma conquista para essas pessoas portadoras de deficiência para que eles possam ter uma garantia der aposentadoria mais rápida. Acredito que esse projeto tenha tido um longo percurso até atender a condição especial dessas pessoas. Isso é fruto das pessoas que buscam dar seu trabalho e sua contribuição. Vejo com bons olhos e é bastante representativo do ponto de vista social", avaliou o parlamentar.

O tucano que também é presidente da Comissão de Cidadania na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) citou ainda o projeto 268/2011 de sua autoria. "Eu sou autor de um projeto de lei já aprovado que dispõe sobre acessibilidade digital aos portadores de deficiência Visual, no âmbito do Estado de Pernambuco. A proposta impõe que os órgãos da Administração Pública Estadual e Municipal; Estabelecimentos conhecidos como Lan House e Cybercafé; Escolas Públicas e Privadas, que disponibilizam terminais de computadores aos alunos e outros locais que se mostrem viáveis, possuam acessibilidade digital", lembrou Gomes que frisou em seguida a importância de verificar se o projeto está sendo realizado. "Cabe à sociedade, as entidades com interesse no assunto e ao Ministério Público de Pernambuco fiscalizar",pontuou.

Para a auxiliar administrativo, Maria Adilene de 47 anos, que trabalha há 15 anos num hospital e possui uma deficiência física na perna, a aprovação da proposta foi excelente. "Achei ótimo e maravilhoso porque, em partes, certos deficientes possuem mais dificuldade que outros. Nós com deficiência temos esse privilégio, esse, ganho", comemora Adilene que também comentou as oportunidades de emprego. "Trabalho tem, mas falta às vezes um bom desempenho. O ideal é que abrissem mais cursos para facilitar a vida dos deficientes", argumentou.

O gerente da saúde de pessoas com deficiência da cidade do Recife e deficiente visual, Paulo Fernando, também elogiou o projeto."Eu avalio como mais um ganho para o segmento das pessoas com deficiência, visto que hoje já existe uma lei federal de nº 8.213 do ano de 1991, que garante reservas de cota no mercado de trabalho para as pessoas com deficiência então, são portas que estão sendo abertas para as pessoas com deficiência e isso traz uma autonomia e liberdade e melhora a qualidade de vida", frisou Fernando que há 15 anos contribui com a previdência.

Hoje já encontramos pessoas em faculdades e percebemos que as coisas estão melhorando. Há 10 anos, não víamos deficientes trabalhando. Acho que outra coisa que influiu nesse processo é que e as pessoas estão mais politizadas e conhecedoras de seus direitos e deveres.

A cadeirante e presidente do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa com Deficiência em Pernambuco (Coned), Mosana Cavalcanti, comenta as oportunidades oferecidas no Estado para as pessoas com deficiência. "Existe atualmente nas Agências de Trabalho um banco de dados de pessoas com deficiência para serem selecionadas tanto por empresas públicas, quanto por privadas. Isso porque hoje as empresas que possuem de 100 a 200 funcionários são obrigadas a ter 2% do seu quadro de profissionais composto por pessoas com alguma deficiência. Quando possuem de 200 a 400 empregados, esse percentual aumenta para 3% e assim sucessivamente", explica.

Apesar da exigência da lei, Mosana afirma que muitas vagas não eram preenchidas porque muitas pessoas não estavam qualificadas para exercerem determinadas funções. "Alguns problemas que as pessoas enfrentavam era a falta de transporte público adaptado e a pouca renda financeira impossibilitando pagar um taxi ou possuir um carro, por exemplo. Mas hoje estamos mudando essa realidade porque já temos 60% da frota de ônibus adaptados, já existem professores braillistas, e que saibam libras também", disse reconhecendo a melhora, mas ciente que ainda não é o suficiente.

A presidente do Coned relata que as mudanças têm auxiliado a inserção de novas pessoas e que, de certa forma, hoje os cidadãos estão mais atentos aos direitos que possuem. "Hoje já encontramos pessoas em faculdades e percebemos que as coisas estão melhorando. Há 10 anos, não víamos deficientes trabalhando. Acho que outra coisa que influiu nesse processo é que e as pessoas estão mais politizadas e conhecedoras de seus direitos e deveres",expõe.

O projeto – A proposta aprovada pela Câmara Federal dos Deputados deverá passar por sanção presidencial. Para os casos de deficiência grave, o tempo de contribuição para aposentadoria integral de homens passa dos 35 para 25 anos e de mulheres de 30 para 20 anos. Quando a deficiência for moderada, as idades mudam e passam para 29 anos para homens e de 24 para mulheres. Caso a deficiência seja leve, esse tempo será de 33 anos para homens e 28 para mulheres.

Outra mudança é que com a aprovação da lei, a aposentadoria por idade pode ser solicitada com cinco anos a menos que a idade exigida atualmente. Neste caso, fica a idade de 65 anos para homens e 60 para mulheres.

Com um mercado competitivo, a busca por mão-de-obra qualificada tem sido fator primordial nas empresas

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a ordem é se qualificar para "não ficar atrás". Essa linha de pensamento tem feito cada vez mais pessoas se aperfeiçoarem naquilo que já trabalham e procurarem se qualificar em alguma área específica para, então, obter um desempenho diferenciado dentro de sua função.

"Hoje em dia, as qualificações técnicas em evidência são nas áreas de logística, gestão de pessoas, TI, técnico de segurança do trabalho, eletrotécnica, edificações e administrativa, visto que essas áreas também são as quem mais empregam", afirma a supervisora dos cursos técnicos do Grupo Ser Educacional, Simone Silva.

Ainda segundo Simone, a grande procura por esses cursos se dá devido às facilidades que eles proporcionam. "Eu resumo em três fatores. Primeiramente, o custo para quem quer ingressar nessas especializações é baixo. Segundo, a empregabilidade é rápida e as oportunidades de trabalho ocorrem, até mesmo, durante a capacitação e não só após o término dela.

E, por fim, os salários iniciais oferecidos pelo mercado que são bem atrativos e, com a renda, dá para investir posteriormente numa pós, mestrado ou em qualquer outro estudo segmentado", explica. "Os salários, a depender da área, variam de R$ 1.200 a R$ 2.800", completa. "Oito em cada dez alunos que ingressaram numa das capacitações oferecidas pelo Grupo Ser Educacional conseguiram uma vaga de trabalho nos seis primeiros meses de curso. Isso é bastante significativo, pois é sinal do aprendizado e esforço de cada um", comemora a supervisora. Enquanto aqueles que estão desempregados ou buscam um primeiro emprego necessitam de profissionalização, os que já estão inseridos no meio correm em busca de aperfeiçoamento. Porém, isso não é exclusividade apenas dos trabalhadores.

Conforme a consultora de recursos humanos Ana Thereza, empresários também devem recorrer aos cursos de aperfeiçoamento para gerirem melhor seus empreendimentos. "Da mesma forma que as especializações contribuem para uma maior geração de mão-de-obra qualificada, o que ajuda a contribuir nas demandas específicas que a empresa exige, é importante também que empresários se capacitem para saber como obter uma boa equipe, ter noções de liderança e de administração e assim, tornar seu empreendimento mais competitivo", enfatiza. "O mercado está em constante mudança e a exigência por profissionais qualificados torna-se cada vez maior. Aqueles que não estiverem capacitados dificilmente conseguirão boas oportunidades de trabalho, enquanto aqueles que se diferenciarem sempre preencherão as melhores vagas", alerta Thereza.

Trabalhadores querem se aperfeiçoar para ter melhores salários.

O funcionário público Ricardo Couto, que iniciou desde março curso técnico em administração na Faculdade Joaquim Nabuco, diz que, apesar do pouco tempo, a capacitação tem lhe proporcionado novos aprendizados, até então, desconhecidos por ele. "Com a qualificação, estou aprendendo métodos simples que eu não conhecia e que, ao aplicá-los no meu dia a dia, tem melhorado bastante meu desempenho, não só na empresa, mas também junto aos meus colegas de trabalho". Para Couto, a escolha do curso técnico se deve à busca de um melhor aperfeiçoamento da função que ele exerce. "Hoje eu sei como melhor supervisionar uma equipe, como apresentar soluções democráticas junto aos meus colegas de trabalho e aos profissionais que exercem um cargo mais elevado.

Quando terminar, quero melhorar meu desempenho em 100%. Porque o profissional que se preze, deve estar sempre querendo buscar os melhores resultados tanto para ele quanto para a empresa. Para isso, é preciso estar antenado às novidades e às diversas oportunidades de qualificação que estão surgindo atualmente.

À medida que você procura se capacitar, consequentemente, surge uma promoção na sua área, já que você está adequado para assumir determinado posto. Logo, suas chances de crescimento vão longe, pois você vai levar seu conhecimento específico para a empresa", fala. Terminado o curso, as expectativas do funcionário público são as melhores possíveis: "Quando terminar, quero melhorar meu desempenho em 100%. Porque o profissional que se preze, deve estar sempre querendo buscar os melhores resultados tanto para ele quanto para a empresa. Para isso, é preciso estar antenado às novidades e às diversas oportunidades de qualificação que estão surgindo atualmente".

Um dos sócios da agência web Recife Sites, Rodrigo Maia (lado esquerdo da foto), diz que, antes de contratar, o grau de qualificação do candidato conta muito durante a entrevista. "Nenhuma empresa quer uma pessoa que esteja com conhecimento defasado. É muito importante se qualificar ao máximo para que isso se torne um diferencial no concorrente. Hoje em dia, quem não se capacita, fica para trás. E isso vale para mim, que sou empresário, para quem vai se candidatar a uma vaga de emprego ou para quem já está trabalhando", declara. "Já com a equipe que eu administro, eu 'pego no pé' para que eles também se aperfeiçoem na área de responsabilidade deles. E, para isso, nossa empresa os ajuda bancando metade das despesas. Agora, por exemplo, uma funcionária que exerce a função de analista de mídias sociais, está na Bahia fazendo curso de especialização. É importante que se invista no funcionário para que não só a empresa saia ganhando, mas os clientes também", conclui.

Profissionais, mesmo na data comemorativa, desempenham suas funções para garantir o lazer e o bem estar dos outros trabalhadores. Há também aqueles que têm o papel de divertir a população, independente do feriado

O 1º de maio é sinônimo de comemoração e descanso para os trabalhadores, além de um período de reflexão sobre os direitos e deveres do proletariado. Porém, se nessa data, quando os funcionários param para comemorar seu dia, consequentemente, vários serviços serão paralisados.

Justamente para garantir que a sociedade não fique sem a atuação de alguns profissionais, por lei, existem os serviços essenciais, públicos ou privados, que de forma alguma não podem ser paralisados por completo. Tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis, assistências médica e hospitalar, transporte coletivo, compensação bancária e serviços funerários são alguns exemplos de atividades que devem manter o funcionamento para o bem estar social.

Alegria em trabalhar no Dia do Trabalhador
Nas mãos de Fernando Medeiros, de 56 anos, está a missão de conduzir centenas de passageiros todos os dias. Motorista de ônibus há 33 anos, o trabalhador demonstra muita alegria em desempenhar a função, e não fica insatisfeito em trabalhar justamente no Dia do Trabalhador.

"Eu sempre quis ser motorista e amo a minha profissão. O único problema atualmente é o trânsito caótico, além da violência. Trabalhar já é uma grande benção para mim e no Dia do Trabalhador é a mesma coisa. Tenho muita satisfação em levar os outros trabalhadores para se divertirem nessa data", conta o motorista.

O que eu mais gosto no trabalho é dos parceiros e amigos que fazemos todos os dias. Conheço pessoas novas e converso com elas.

Não falta felicidade no semblante da cobradora de ônibus Genicleide Maria Guilherme de Lima, 48. A alegria da trabalhadora é tão visível que contagia quem está perto dela. E é com esse jeito que Genicleide desempenha sua função, que segundo ela, é uma forma de fazer amigos. "O que eu mais gosto no trabalho é dos parceiros e amigos que fazemos todos os dias. Conheço pessoas novas e converso com elas", diz a cobradora. De acordo com a trabalhadora, atuar no dia em que é comemorada sua data é algo comum. "Acho normal. É como no Dia das Mães, uma vez que tenho filhos e mesmo assim tenho que trabalhar. Eu gosto de ver as pessoas irem passear de ônibus", afirma Genicleide, aos risos contagiantes.

Para garantir a alegria dos profissionais, há quem trabalhe muito, principalmente no ramo do entretenimento. No mundo música, por exemplo, os artistas vivem trabalhando para divertir os fãs, independentemente se á feriado ou dia normal. É o caso do grupo pernambucano de brega "Trio Ternura", que não deixa de trabalhar no Dia do Trabalhador e em outras datas comemorativas. Acompanhe abaixo um vídeo com os "bregueiros" que animam o povo no Dia do Trabalhador:

Na área de tecnologia os trabalhadores encontrarão um mercado em expansão e com poucos competidores qualificados para vagas em diversos campos

Os trabalhadores do campo da tecnologia não poderiam ser esquecidos no Dia do Trabalhador. Esses profissionais estão cada vez mais em crescimento no mercado, principalmente, por causa do aumento de áreas integradas ao mundo tecnológico. Análise de sistemas, web-design, gamers, programação, monitoramento de rede sociais, sistemas de informação e tecnologia da informação são alguns dos áreas profissionais ligados a esse tema.

Apesar do grande número de áreas, o mercado necessita de profissionais qualificados para exercer os cargos. No Brasil, os trabalhadores encontrarão um mercado em expansão e com poucos competidores qualificados para vagas em áreas, como por exemplo, gestão de redes, telefonia IP e segurança online. De acordo com o IDC, entidade de pesquisa do setor, existe atualmente no Brasil uma carência de cerca de 40 mil profissionais de tecnologia. Até 2015, esse número deve crescer para 117 mil vagas abertas sem que os empregadores encontrem profissionais qualificados para atendê-las.

Redes Sociais também fazem parte da área tecnológica. A coordenadora de monitoramento das redes e jornalista, Rayane Montalvão, trabalha com marketing digital há mais de um ano. "O meu trabalho é voltado para o monitoramento e estratégia para as principais redes sociais. Eu utilizo ferramentas de gerenciamento das páginas, através de aplicativos, principalmente, para mobile, que permitem que eu acompanhe meu trabalho em qualquer lugar", conta a coordenadora. Outra extensão do mundo da tecnologia é a do web-design, área que Alamy Neto se dedica há mais de dois anos. "Eu trabalho com a parte visual e de programação da empresa na web, também crio páginas, links newsletters.

Além disso, trabalho com as redes sociais", diz Neto, que executa estas tarefas há cinco meses na SegSat Rastreamento. Alamy se interessou pela área por influência da família, seus tios e pai sempre atuaram nesse segmento. "A minha família me incentivou a trabalhar nesse meio, e, por ser um mercado de trabalho escasso no nosso Estado, isso me chamou atenção", conta o web-design.

Imagine sair de casa para trabalhar e saber que você vai encontrar situações arriscadas? Assim é a realidade de trabalhadores que atuam em profissões de risco. O Portal LeiaJá foi conhecer alguns personagens que vivem nesse contexto. Um deles é o tratador de animais, Adriano Avelino, que convive diariamente ao lado de bichos ferozes e selvagens, que a qualquer momento podem atacá-lo. Outra arriscada realidade é a dos policiais militares. Na busca pela manutenção da segurança pública, combater a criminalidade é a missão desses trabalhadores. Confira abaixo a nossa reportagem:

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